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Fibromialgia: Reconhecimento como Deficiência e Seus Impactos Sociais

A partir de janeiro de 2026, a fibromialgia será oficialmente reconhecida como deficiência em todo o Brasil. Essa conquista é fruto da Lei nº 15.176, sancionada pelo presidente e publicada no Diário Oficial da União.
É um marco importante na trajetória de quem convive com uma das síndromes mais desafiadoras da atualidade.

O que é Fibromialgia?

A fibromialgia é uma condição crônica que causa:
● Dores generalizadas nos músculos e articulações;
● Fadiga constante;
● Distúrbios do sono;
● Sintomas de ansiedade e depressão.

Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, estudos apontam para uma disfunção do sistema nervoso central, conhecida como sensibilização central, que intensifica a percepção da dor.

Tem fibromialgia ou conhece alguém que enfrenta essa condição?
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Por que esse reconhecimento é tão importante?

Antes da nova legislação, muitas pessoas com fibromialgia enfrentavam barreiras para acessar benefícios e direitos sociais. A condição, apesar de debilitante, não era vista oficialmente como deficiência. Isso dificultava o acesso ao mercado de trabalho, a tratamentos e até mesmo ao amparo previdenciário.

Antes da lei federal, algumas regiões, como o Distrito Federal, já reconheciam a fibromialgia como deficiência. Com a Lei 15.176, o reconhecimento passa a valer em todo o território nacional, promovendo mais equidade e uniformidade.

Quais os direitos garantidos pela nova lei?

A partir de 2026, pessoas com fibromialgia poderão acessar:

Cotas em concursos públicos;
Isenção de IPI na compra de veículos adaptados;
Aposentadoria por incapacidade permanente (invalidez), mediante avaliação médica;
Auxílio-doença para afastamento temporário;
Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), para pessoas com baixa renda, mediante critérios sociais e avaliação de impedimento de longo prazo.

Como será feita a avaliação?

A análise do caso será realizada por uma equipe multiprofissional, com médicos e psicólogos, que considerarão:
● O impacto da fibromialgia na funcionalidade da pessoa;
● As limitações nas atividades diárias;
● Os efeitos sociais e emocionais da condição.

Cada caso será tratado de forma individualizada e respeitosa. Fale com um especialista AGORA!

Impactos na Previdência e Assistência Social: O Papel do BPC

Com o reconhecimento da fibromialgia como deficiência, uma das mudanças mais significativas será na concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), também conhecido como LOAS.

Esse benefício é parte da assistência social, voltado para:
✔️ Pessoas com deficiência que enfrentam impedimentos de longo prazo;
✔️ Pessoas idosas com 65 anos ou mais;
✔️ Famílias de baixa renda, cuja renda por pessoa seja de até 1/4 do salário-
mínimo.

O que muda com a nova lei?

Antes, quem tinha fibromialgia encontrava dificuldade em comprovar a deficiência para fins de acesso ao BPC. A partir de 2026, com a inclusão legal da condição no rol de deficiências, os segurados com baixa renda e laudo médico favorável poderão solicitar o benefício com base nesse novo reconhecimento.

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O que será avaliado?

Para ter acesso ao BPC, será necessária:
Comprovação da limitação funcional causada pela fibromialgia;
Avaliação biopsicossocial feita por equipe multiprofissional e interdisciplinar;
Análise da situação socioeconômica, comprovando renda familiar dentro do limite exigido (1/4 do salário-mínimo por pessoa).

É importante destacar que a concessão do BPC LOAS não é automática para quem tem fibromialgia! Mesmo com a doença sendo reconhecida como deficiência, ainda é necessário passar por perícia médica e social, nas quais serão verificadas as circunstâncias da pessoa, e se ela tem direito ou não ao benefício.

Por que isso é importante?

Muitas pessoas com fibromialgia não conseguem manter um emprego formal
por conta das dores, fadiga e limitações diárias. Com o BPC, elas passam a ter
acesso a:
● Renda mínima para manutenção básica da vida;
● Tratamentos médicos e terapias com mais estabilidade;
Maior autonomia e dignidade social, mesmo fora do mercado de trabalho.

❗ Importante: O BPC não exige contribuição prévia ao INSS, e não dá direito ao 13º salário nem pensão por morte.

Conclusão

Além dos impactos legais e previdenciários, o reconhecimento da fibromialgia como deficiência:

● Reduz o estigma social;
● Favorece o acesso ao trabalho, educação e saúde;
● Promove a visibilidade da condição;
● Constrói uma sociedade mais empática e inclusiva.

Assim, a Lei 15.176/2025 é um passo essencial para que pessoas com fibromialgia tenham seus direitos reconhecidos e possam viver com mais qualidade de vida, respeito e dignidade.

Ainda há muito a avançar, mas essa conquista mostra que a luta por direitos previdenciários e inclusão social vale a pena.

Para entender mais sobre os direitos previdenciários de quem tem doenças crônicas ou deficiências, acompanhe nossos conteúdos semanais aqui no blog.

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